Passeio cultura, pesca da tainha, paisagens, guias de turismo e muita diversão.
Por Jeferson Vitor Rosa.
No dia 09/06, uma turma animada de guias, alguns de Balneário Camboriú, outros do oeste de Santa Catarina e um uruguaio que mora e trabalha há 12 anos na região da costa Verde & Mar, puderam desfrutar um pouco mais da região. A bordo do veículo adaptado estilo safari, Overland Tours.
Através do Overland Tours. Eles puderam conhecer Bombinhas além do óbvio. Ao longo do passeio o Guia Jeferson os informava sobre as características e curiosidades peculiares das praias que percorriam, num total de 9 das 39 existentes no município, além de passarem pela praça preservada da Coruja-Buraqueira, dois mirantes e a vila dos pescadores.
Mas o que chamou a atenção neste passeio foi nossa primeira parada, na praia de 4 ilhas, ou “praia de fora” como era chamada pelos antigos, enquanto especulavam um pouco sobre a história da pesca artesanal da tainha, devido à alta temporada que vivenciamos no momento e também pela cruz de 4 ilhas, muito conhecida por moradores, nativos e historiadores da região, nossos passageiros tiveram a sorte de conhecer o Sr. Dinizarte, mais conhecido por Dinarte. Um simpático pescador que vive nesta praia, atual dono da (Canoa de um pau só) qual leva o nome de “Boa fortuna 1”. Atencioso para com nossos passageiros este querido Sr. Dinarte, nos contou sua história na pesca e consequentemente de sua canoa, que já atravessa a quarta geração de sua família, com mais de 150 anos. Esta canoa já viveu muitos momentos, começando pelo seu avô e posteriormente seu pai. Segundo Dinarte, no ano de 1949, dois anos antes dele nascer, esta canoa participava de um dos maiores lances feitos até hoje pela pesca artesanal, onde cercaram 40 mil tainhas na baía de Bombas.
Nossos passageiros já impressionados com estes contos, apreciavam e registravam com muitas fotos as redes esticadas, à espera de pequenas manutenções, quando o mesmo querido pescador perguntou “é pra divulgação ou reportagem?” e antes que respondêssemos, ele completou, “é muito importante vocês divulgarem, falarem mais da pesca artesanal, apresentarem a todos para nos tratarem com o mesmo respeito como vocês fizeram”, e ressaltou, “hoje é muito difícil mantermos viva essa tradição e sinto que isso pode se perder com o passar dos anos”. E concluiu… “ Os mais antigos, na época do pai do vô, respeitavam mais, não tinha nenhum surfista na água, não passava nenhuma embarcação que não fossem as canoas, eles respeitavam a época de pesca, que é apenas um mês e meio. Hoje em dia nem todos respeitam, é uma pena.”
A pesca artesanal da tainha foi tombada como patrimônio imaterial de todos catarinenses pela lei estadual 15.922, de 2012.
Deixamos a praia de 4 ilhas, sentido a Mariscal, mesmo com uma vontade enorme de passar o dia junto aos pescadores, adiante fizemos outra parada na praia de Canto Grande mar de fora, no restaurante Âncora e então saboreamos um café, com tempo de parabenizarmos o Guia Ney que estava de aniversário. Com muita alegria seguimos por mais uma hora de passeio, muito extrovertido também.
Chegamos até a praia da Conceição, conhecemos o exuberante “Bora bora beach club, e também recém inaugurado Abstrato-Bistrô”. Um clube belíssimo de frente ao mar.
Para depois percorremos por todo “mar de dentro” como é conhecido as praias de Canto Grande, Morrinhos e Zimbros, para então finalizarmos o passeio no centro de Bombinhas.
Um dia motivante para nós, os guias e também os pescadores !
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